domingo, 27 de março de 2011

Mandril





O Mandril (Mandrillus sphinx) é um primata da família dos Cercopithecidae (Macacos do velho mundo), parentes próximos dos babuínos e ainda mais próximos do Dril. Tanto o Mandril quanto o Dril eram antes classificados como babuínos do género Papio, mas pesquisas recentes determinaram que eles deveriam constituir um género à parte, o Mandrillus.





Fonte: Jornal “Correio da Manhã”
             Revista “Domingo”

domingo, 20 de março de 2011

Saguim comum








O saguim comum possui pelo cizento. A característica mais marcante são os tufos de cabelo branco que rodeiam os ouvidos e que se desenvolvem com a idade, os quais lhe conferem um outro nome comum, o sagui orelhas de algodão.




Fonte: Jornal “Correio da Manhã”
             Revista “Domingo”

domingo, 13 de março de 2011

Palanca-negra




Vivem em pequenas manadas de seis a doze indivíduos, frequentando as orlas e o interior de matas abertas, próximas da água e dos prados naturais.






Fonte: Jornal “Correio da Manhã”
             Revista “Domingo”


terça-feira, 8 de março de 2011

Toupeira




A toupeira (Talpa occidentalis) é um mamífero insectívoro pertencente à família Talpidae, à qual pertence também a Toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus). Tem um corpo cilíndrico e alongado, com cerca de 90-130 mm, uma cauda com 25-30 mm e pesa em média de 50 g (varia entre 34-66 g). A pelagem é densa e aveludada, de cor negra ou cinzenta-escura.




Fonte: Jornal “Correio da Manhã”
             Revista “Domingo”

quarta-feira, 2 de março de 2011

Frei João Sem Cuidados


O Rei ouvira sempre falar de Frei João Sem Cuidados, como um homem que não se afligia com coisa nenhuma neste mundo:

- Deixa-te estar que eu é que te hei-de meter em trabalhos. Mandou-o chamar à sua presença, e disse-Ihe:

- Vou dar-te uma adivinha, e se ao fim de três dias não me souberes responder mando-te matar. Quero que me digas:



- Quanto pesa a lua?

- Quanta água tem o mar?

- O que é que eu penso?




Frei João Sem Cuidados saiu do palácio muito preocupado, pensando na resposta que havia de dar àquelas perguntas. O seu moleiro encontrou-o no caminho e estranhou ver Frei João Sem Cuidados de cabeça baixa e macambúzio.

- Olá, senhor Frei João Sem Cuidados, então que é isso, que o vejo tão triste, tão penastivo?

- É que o Rei disse que me mandava matar, se eu dentro de três dias não Ihe respondesse a estas perguntas: Quanto pesa a lua? Quanta água tem o mar? E que é que ele pensa?

O moleiro desatou a rir e disse-Ihe que não se afligisse, que lhe emprestasse o hábito de frade, que ele iria disfarçado e havia de dar boas respostas ao Rei.

E assim foi. Passados os três dias, o moleiro vestido de frade, pediu audiência ao Rei. O Rei perguntou-lhe:

- Então, quanto pesa a lua?

- Saberá vossa majestade que não pode pesar mais do que um arrátel, porque todos dizem que tem quatro quartos.

- É verdade. E agora: quanta água tem o mar?

- Isso é muito fácil de adivinhar, mas como Vossa Majestade só quer saber da água do mar, é preciso que primeiro mande tapar todos os rios, porque sem isso nada feito.

O Rei achou bem respondido; mas ficou zangado por ver que o Frei João não se atrapalhava com as perguntas, por isso, com cara de poucos amigos, o Rei perguntou-lhe:

- Agora, se não souberes o que é que estou a pensar, mando-te matar!

O moleiro, sem nada recear, respondeu:

- Ora, Vossa Majestade pensa que está a falar com Frei João Sem cuidados, mas está a falar é com o seu moleiro.

Deixou cair o hábito de frade e o Rei ficou pasmadao, de boca aberta, com a esperteza do ladino. Desta vez não houve casamento com a princesa mas houve um belo saco de moedas de ouro como recompensa pela esperteza que demonstrou ao Rei, que tinha a mania que atrapalhava as pessoas.


Teófilo Braga (adaptado) 


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mico-leão-dourado




O mico-leão é conhecido popularmente por sauí, sagui, sagui-piranga, sauí vermelho, mico e outras denominações regionais. À noite abriga-se em buracos das árvores, anteriormente feitos por outros animais como o pica-pau etc. Come frutos, moluscos, insectos e pequenos vertebrados. Ocorre na região litorânea próximo as serras no estado do Rio de Janeiro, entre 500 e 1.000 m de altitude.






 Fonte: Jornal “Correio da Manhã”
             Revista “Domingo”




terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Adivinha do Rei



Era uma vez um Rei, que era muito bom, justo e leal, em todos os reinos não havia outro  que se lhe comparasse... Mas contudo tinha um grande defeito...era muito desconfiado.
Um dia, um dos seus criados foi contar-lhe que ouvira um seu conselheiro a cantar uma cantiga em que dizia:

                    “Para subir na vida,
                    Eu tudo farei
                    Com este punhal
                    Dou cabo de El-Rei
                    Rei morto Rei posto
                    Sempre ouvi dizer!
                    Sento-me no trono e
                    Rei hei-de ser”

Ao ouvir isto o Rei ficou furioso e imediatamente mandou chamar o Conselheiro à sua presença.

O Conselheiro desmentiu tal intriga e jurou-lhe fidelidade eterna, mas desconfiado como era o Rei este não acreditou e disse-lhe que só havia um castigo por dizer tal coisa... A sua morte!

Mas como o Rei era bondoso e apreciava os bons ofícios do seu Conselheiro decidiu conceder-lhe mais uma oportunidade e propôs uma adivinha à filha deste, a qual era muito elogiada no reino pela sua inteligência e perspicácia. Havia mesmo quem afirmasse que ela seria capaz de adivinhar o pensamento das pessoas e se assim fosse o pai seria perdoado.

Então o Rei pediu ao conselheiro que dissesse á filha para ir ter com ele ao palácio mas que...

              - Não viesse nem de noite, nem de dia
              - Não viesse vestida nem despida
              - Não viesse nem calçada nem descalça
              - Não viesse a pé nem a cavalo

O Conselheiro chegou a casa muito aflito e já a contar com a morte certa, mas quando contou à filha o que se passou e o que o rei lhe pedira, esta deu uma gargalhada e pediu ao pai para ficar tranquilo pois devido à sua inteligência, esta já adivinhara o enigma proposto pelo Rei.

Assim, na madrugada do dia seguinte ela soltou os seus longos cabelos e envolveu o seu corpo neles, prendendo-os à cintura com um lenço, calçou umas meias e pediu ao criado que a levasse às cavalitas até ao palácio do Rei.


Momentos antes de o sol nascer esta chegava às portas do palácio, mas os soldados que guardavam a entrada, espantados que ficaram ao ver aquilo não queriam deixar a rapariga entrar, pois nunca ninguém tinha entrada no palácio naqueles propósitos... A filha do Conselheiro fez questão de entrar e o alarido foi tal que o Rei acordou e dirigiu-se á porta do palácio para ver o que se passava.

O Rei furioso perguntava quem se atrevia a dirigir-se a ele, em tal preparo e o que estava ali a fazer aquela pessoa e a rapariga, com  voz risonha respondeu-lhe que era a filha do Conselheiro, e que apenas estava ali a cumprir a suas ordens.

Foi então que o Rei se lembrou do que se tinha passado com o seu Conselheiro e com grande espanto seu concluiu que a rapariga tinha desvendado o seu enigma.

Esta chegara na hora em que o sol ainda não tinha nascido, mas já não havia estrelas no céu – nem de noite, nem de dia.

Tinha o corpo envolto nos seus longos cabelos – nem vestida, nem despida.

Tinha nos seus pés apenas uma meias – nem calçada, nem descalça.

Vinha ás costas do criado – nem a pé, nem a cavalo.

O Rei imediatamente se apaixonou pela rapariga. Mandou chamar o conselheiro para lhe pedir perdão, por ter desconfiado dele, pois um pai de uma filha tão inteligente só podia ser uma pessoa de bem. Prometeu que nunca mais seria desconfiado e, ali mesmo, marcaram a data do casamento e viveram felizes para sempre.